2 de novembro de 2012

Conquista

A doença da sociedade que me rodeia, as ondas de mau ambiente transformaram-me num enfermo... Não me consigo mexer! Dou por mim presa numa cama do Hospital. Como? É tudo tão inexplicável. De repente, acordo. Estava na sala, deitada no sofá... Computador no colo e telemóvel ao lado. Interessante. Tudo, de um momento para o outro, voltou àquilo a que chamamos de realidade.
Tirem-me daqui, pode ser? Ausentei-me...
Já no meio da rua uma senhora de idade perguntava-me se eu estava bem.. Sem perceber, dizia sempre que sim. Afinal, não! Tinha uma enorme mancha de sangue no braço. Como me cortei? A fazer o almoço, de certeza! As batatas estão a fritar, o arroz já está cozido.. Ah, já só faltam os bifes! Vamos, vamos... Toca a cozinhar!


Navego por milhares de sentimentos, sozinha no barco da emoção. Perdi-me no teu olhar para me encontrar no teu sorriso. A cada pormenor, a cada passo que avanço no meu caminhar, dou por mim a admirar a tua feição. Cada ruga, cada cabelo não enquadrado no linear dos outros, cada jeito/gesto teu... Que características eu gostaria de alcançar.


1 comentário:

  1. Perdemo-nos em olhares que de desconhecidos passam a essenciais e são esses olhos que nos deixam deliciosamente felizes!

    Ah, querida. Escreve-se Inferno. Não enferno.
    Beijinhos, seu doce.

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