21 de junho de 2011

Quero mais...

E se o Verão fosse uma eternidade?
















Quem me dera...

15 de junho de 2011

Para ti, José André.

Data: Prainha de Cima, 10 de Junho de 2011.
Querido José:
Onde quer que estejas espero, muito sinceramente, que estejas bem, feliz! Podem criticar-me ou dizer-me que não devia pensar desta maneira: tu partis-te, mas partis-te feliz; feliz porque estavas a fazer aquilo de que mais gostavas, estavas a andar de mota! Não, não foi uma morte fácil de aceitar (se bem que ainda não a diluí, em mim, muito bem) mas, a vida continua e tu eras daquele tipo de pessoa que não podia ver ninguém em baixo; para ti, a tristeza não existia, não eras capaz de aceitar que um amigo teu estivesse infeliz, caso isso acontecesse arranjavas maneira de o alegrar, e rápido!
Tu, José André, possuías uma capacidade, que muita pouca boa gente é capaz de possuir, de tornar cómico um filme de terror; que quero eu dizer com isto? Bem, quero dizer que, independentemente do cenário, onde tu vivias, o final da história tinha de ser, SEMPRE, para rir. Podias, muitas vezes, estar descontente, com o rumo que a tua vida levava mas não transmitias as tuas más energias aos outros… muito pelo contrário! Transmitias-lhes sim uma grande onde de positivismo, como se a vida fosse um mar de rosas! Como tu bem sabias, não éramos os melhores amigos mas, com aquilo que eu conhecia de ti, consegui encarar a vida de outra forma; consegui perceber que a vida são dois dias e que se tiver alguma coisa para fazer devo fazê-la hoje e não deixá-la para outro dia, pois não sei o que posso esperar ao abrir os olhos no dia seguinte, se os chegar a abrir. Podes não acreditar mas, é verdade: jamais irei encontrar um amigo como tu!



Antes de terminar, gostava de realçar o seguinte: para o teu funeral, os motards deviam ter participado com as motas, isso sim teria sido uma grande homenagem à tua pessoa. Ah, quando vínhamos no teu funeral rumo à Paróquia da Prainha, gostei de ver aquela grande mota preta passar; assim que a vi lembrei-me logo de ti, como se fosses tu a conduzi-la.
Já me alonguei, o que não era minha intenção. Daqui a uns tempos volto a escrever-te, até lá: Beijinhos, Jessica.

9 de junho de 2011

Notícia Inesperada

Foi, no passado dia 6 de Junho, por volta das 23h, que faleceu o nosso ente querido José André. Decidi escrever qualquer coisa sobre ele pelo simples facto de ele ter sido uma das melhores pessoas que eu já conheci até hoje. Sinceramente, nem sei muito bem o que escrever… Gostaria de descrevê-lo, tal qual como ele era mas, o meu vocabulário é fraco, ou seja, não iria conseguir descrever uma pessoa que de tantas palavras precisava para a sua descrição. Ele era mais conhecido por «Zé Maluco», acho que o nome diz tudo. Ele era completamente doido, andava de mota a alta velocidade, era despreocupado mas, apesar de ter falecido após um acidente de mota, sei que esse era o seu destino, sei que ele era uma pessoa feliz. Era provável que tivesse os seus inimigos mas amigos, tinha muitos mais. Cada momento com ele, cada gargalhada daquele rapaz era a animação total! O Zé podia ser muito «maluco» mas, quando tinha as suas responsabilidades assumia-as e, quando tinha os seus compromissos não faltava!
Sim, foi um choque quando soube o que tinha acontecido. Não dava mesmo para acreditar!
• Dia 07 de Junho, às 07h40m:
Lá estava eu, sentada no banco do autocarro, a ir para a escola. Ao meu lado ia a Anabela e à minha frente a Sara, como é habitual. De repente, olho para o meu telemóvel e vejo “Maria Esp. Santo” (minha madrinha do baptismo) a chamar… achei estranho ela estar-me a ligar àquela hora da manhã, mas atendi:
“Jessica – Sim.
Maria – Sim, Jessica?
Jessica – Sim?
Maria – Sabes quem é o José André da Banda da Areia?
Jessica – Sim, sei. É o Zé Maluco. O que é que tem?
Maria – Ele teve um acidente de mota, bateu contra um tractor.
Jessica – E como é que ele está?
Maria – Ele morreu.
Jessica – O quê?!”
Assim que a minha madrinha me disse isso, fiquei completamente chocada e, sem qualquer percepção minha, começaram-me a escorrer rios de lágrimas pelos olhos. Lembro-me de só dizer tanto à Sara como à Anabela “Eu não acredito, eu não acredito…”. Receber essa notícia logo de manhã foi horrível. E para melhorar o meu dia, tinha teste de Física e Química logo às 08h20m.




O resto do meu dia foi triste, não queria acreditar no que ela me tinha dito, como é que era possível? O José, logo ele?! Podem me dizer as vezes que quiserem que a vida é justa mas, se a vida fosse justa não o teria deixado partir! Com tanta escumalha que anda por aí, sem nada que fazer à sua vida e quem parte é quem trabalha para ter o que quer? Não me falem em justiça, porque a vida disso pouco percebe. Enfim, não posso fazer nada para mudar o facto de teres partido, José, mas, sabes que estarás para sempre nos corações e nas memórias de todos aqueles que te adoram. Um beijinho, e que encontres o teu caminho. Com amor, Jessica.