12 de dezembro de 2011

Data: 5 de Dezembro, 2011.

Sentada, à espera da hora da aula de Química, arranquei uma folha do caderno e peguei numa esferográfica de tinta azul. Sobre essa folha, tentei escrever a pensar em ti. Queria que sentisses que me eras muito, apesar de, a maior parte das vezes, eu não o ter demonstrado. A “timidez” e o “medo” de me entregar falaram mais alto e deixaram que tu partisses, assim, sem um único adeus ou um até já. Agora, só me restam boas memórias tuas: um sorriso encantador, um olhar profundo e distante e uma alma cheia de sabedoria por desvendar. No presente, já não falávamos como dantes e eu lamento isso; como agora não posso mudar nada, esboço um sorriso sempre que penso no teu ar, na tua maneira de ser: fantástico!
Ontem, perdi um grande amigo, uma pessoa muito importante para mim.
Hoje:
• o dia nasceu cinzento;
• eu estou triste;
• as nuvens não vão destapar a montanha;
• está a chover;
como se as nuvens também chorassem a tua perda, o teu desaparecimento. As nuvens deviam estar a expressar a tua chegada ao paraíso, deviam celebrar a entrada de mais um anjo na sua superfície.
Nos dias que me restam, só posso desejar que estejas bem e que a tua alma se mantenha sã; para além disto, peço-te que olhes por todos nós. Sei, perfeitamente, que um dia nos vamos encontrar.
Em, apenas, 6 meses a ilha montanha sofreu várias perdas; eu, desde Junho até agora já perdi quatro grandes amigos (José André Sousa, André Mancebo Brum, Sérgio Azevedo e Fábio Barbosa), neste andamento chego aos 20 anos sozinha…
Não vale a pena lutar contra o tempo, contra o destino. O fim é sempre o mesmo, quer seja hoje ou amanhã. Ninguém vai ficar para semente, como já diziam os antepassados.
É triste deixar alguém partir, é devastador pensar que os importantes estão todos a partir. Por isso, tenho vos dito: não gostem de mim, porque um dia eu morrerei e não serei capaz de suportar a ideia de deixar alguém a chorar por mim.

4 de dezembro de 2011

BARBOSA, MA FRIEND!

Como começou?
Como aguentou?
Como acabou?
Tantas perguntas, tantas duvidas... enfim!
Só sei que desde o primeiro dia, deste o primeiro contacto que tive contigo que te adorei! Eras espetacular, mesmo! Isto ao que chamamos de vida é uma treta bem boa.
Estou farta que me levem aqueles de quem gosto, fartinha (mesmo)!
Estou-me a lembrar das nossas discussões sem nexo algum, opá demais! E a festa de Sto Amaro, lembras-te? ahah.
"Tu já estás masé bêbada!"
"Eu?! Porque dizes isso?"
"Já me cumprimentas-te umas cinco vezes e não paras de sorrir"
Só mesmo tu, Barbosa!
SEMPRE ♥

2 de dezembro de 2011

Talvez sim, talvez não.

Num curto período de tempo significas-te muito para mim. Agora, ouvir a tua voz e imaginar a tua presença junto a mim, assusta-me pensar que tudo pode voltar a ser como era. Se tenho medo de me apaixonar, de gostar de ti? É bem capaz. Porquê? Porque tanta mentira junta, vinda de ti, fez-me voltar à estaca zero. Já sabias que a probabilidade de tudo voltar a acontecer era, praticamente, nula. Agora, pedes-me algo que eu não me sinto capaz de dar, algo que eu te daria, há uns meses. Acreditei que era sincero, verdadeiro mas, depois, encontrei o teu verdadeiro "eu". Um ser que eu não queria acreditar que existia, na realidade; chorei, chorei, chorei! Estúpido da minha parte, nem um segundo devia ter desperdiçado contigo, meu caro. Mas, o passado já lá vai e agora eu quero é o futuro... Sem ti.