10 de novembro de 2010

Por magia?

O local de encontro era sempre o mesmo, era sempre a mesma areia suave, macia e acolhedora desde os primeiros dias de Setembro. Ela, envergonhada, chegava e sentava-se a tocar a areia. Ele, com olhar destemido, chegava e aproximava-se dela mas sem lhe falar. Depois de se aperceber da chegada dele, ela, levantava o olhar e mordia o lábio sem saber o que fazer. Ele, aproximava a sua mão da cara da jovem e, com um olhar intenso, convidava-a a levantar-se. Ela levantava-se, endireitava a saia e baixava a cabeça. O jovem não deixava que ela ficasse a olhar para os sapatos desatacados que este trazia calçados e fazia-lhe carícias nas maçãs do rosto, à espera que ela lhe olhasse nos olhos e lhe pedisse um beijo. A jovem, corada, aproximava a sua mão da dele e deixava-se envolver naquele momento, mergulhando profundamente no amor que os envolvia ali, naquela praia. O tempo parava enquanto os jovens trocavam os seus lábios, trocando promessas eternas de felicidade. O pôr-do-sol começava a nascer agora e o brilho nos olhos do casal era cada vez mais intenso e natural.

Do que preciso,

Adormeço, acordo e dou por mim a pensar em ti. Quero que faças parte da minha vida, quero que faças parte de mim. És um estranho para mim, mas sinto que vale a pena olhar-te nos olhos e dizer-te: «Fica comigo». A rua é curta e larga mas, assim que te avisto, esta torna-se longa e demasiado estreita para nós dois. Preciso de ti…