1 de abril de 2010

Pesadelo

Não há nada mais importante que a nossa própria felicidade. Fazemos de tudo para sermos felizes, mas isso, por vezes, não nos serve de muito. Sinto-me perdida, sinto que o teu aroma já não pertence mais ao meu mundo e que o teu sorriso é uma página de um diário rasgada e amachucada. O tempo passa e o sentimento que me unia às tuas palavras está agora esgotado. O teu olhar hilariante e o teu jeito, fizeram com que eu te olhasse nos olhos e te retribuísse, aquele momento, com um sorriso. Queria mais de ti, muito mais. As tuas palavras eram ditas sem maneira e eu, caía na tentação de te olhar, outra vez, nesse teu mar profundo e suspirar por mais um momento daqueles. Por ti, eu fazia tudo. À noite, costumava admirar o céu estrelado e, sem intenção, chorar por não te ter ali, ao meu lado. Mas agora, tudo mudou. A distância fez-me entender que tu não és o que pensava seres. És um ser que só está bem quando tem as suas necessidades sexuais realizadas – não estou a dizer que és um ninfo, mas um facto é que só te sentes bem quando és olhado e admirado por “várias”. Caí na tua magia negra, acreditei num futuro a dois, e para quê? Afinal, foste a desilusão neste último ano. Dizias-me coisas impossíveis de acreditar, prometias-me um momento (nosso). A minha conclusão é que nunca, mas mesmo nunca tiveste o mínimo interesse em mim, apenas não te querias sentir só e pensas-te que eu servia para aqueles dias em que não tinhas ninguém para falar. Bem, agora fica com quem quiseres, afinal tens inúmeras possibilidades de escolha, desde altas e morenas a loiras e vaidosas. Não há mal que me aconteça se eu longe de ti estiver, porque tu és um pesadelo que me persegue e com o qual eu sonho todas as noites.

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