8 de abril de 2011

Modéstia à parte.

Todas as manhãs anseio ver-te passar do lado de fora daquelas grades verdes, anseio que essa tua beleza me encha, a mim, o dia de alegria.
Se eu pudesse, correria até ti e dizia-te tudo o que já devia ter sido dito; correria até ti e pedia que te apresentasses, que fossemos amigos (sim, uma amizade chegava-me).
Oh rapaz, és um ser estranho, isento de sociabilidade… que quero eu dizer com isto? Bem, és «daquele tipo» de pessoas que só fala se falarem contigo! Bem, não te vou dizer que isso faz de ti pior ou melhor pessoa, apenas gostava que falasses… (nem que fosse para me criticar, para me mandar dar uma volta; se o fizesses se calhar era o melhor… assim escusava de te «esperar» todos os dias…).
Poderia escrever, aqui, o teu nome mas isso não iria ser o mais correcto, até porque tu sabes quem és e isso chega.
Sabes, aquela cartinha que te mandei? Bem, uma foleirice do pior, mas enfim… agora já está! Se pudesse voltar atrás? Voltaria a escrevê-la, sem medos! Porquê? Porque foi a única maneira que arranjei de saberes que eu existo, foi a única maneira que arranjei para comunicar contigo. É provável que me tenha humilhado, mas isso já não é coisa à qual eu não esteja habituada, por isso… é-me indiferente.
Sinceramente, adorei quando fui à tua rua mais uns amigos, foi numa quinta-feira à tarde… não tínhamos aula então fomos vaguear… nesse passeio um colega meu disse-me que moravas para aqueles lados mas não tinha a certeza qual era a casa… caminho a cima, caminho a baixo e nada! Na altura em que já nos tínhamos fartado de procurar e nada, aparece o teu irmão… a correr (provavelmente, deve-se ter esquecido de alguma coisa atrás ou assim…), caminho a cima. Como era de esperar ficámos ali sentados para ver onde, realmente, moravas tu. Ele, quase a entrar pelo portão olha para trás e deparasse connosco a olhá-lo fixamente (sim, sensação estranha); e foi assim!
Podes pensar que sou uma tarada, obcecada, …, mas não! Apenas acho-te engraçado; acho-te um rapaz misterioso, e isso é interessante. É provável que sejas o rapaz de sonho de algumas raparigas, aliás: é MUITO provável… mas não, não és o meu rapaz/homem de sonho; o meu homem de sonho é o Billie Joe Armstrong, vocalista dos «Green Day», esse sim.
Tu, não lhe chegas aos tornozelos mas, és o suficiente para me fazer feliz; és a condição necessária para o meu contentamento.
Sempre de capuz enfiado na cabeça, tapando-te esses olhos brilhantes! Não percebo porquê… és demasiado agradável para andares sempre de cara semi-tapada. Devias deixar que te olhem nos olhos, pois tens algo em ti que desperta em mim interesse.
Não, «meu amigo», eu não te amo/adoro… isso são termos excessivos para se utilizar com um desconhecido…


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